por Duva Mira
mãe do Rafael, Turma 2M
De acordo com a pesquisadora Maria Rosário, podemos dividir em 4 momentos:
1 - A metodização do ensino da leitura
Se estende até o início da década de 1890, quando tem início uma disputa entre os defensores do "método João de Deus" e os que continuavam a defender e utilizar os métodos da soletração, fônico e da silabação. Com essa disputa, funda-se uma nova tradição.
2º - A institucionalização do método analítico
Envolve enfaticamente questões didáticas, ou seja, o como ensinar, a partir da definição das habilidades visuais, auditivas e motoras e a quem ensinar. O ensino da leitura e escrita passa a ser tratado, então, como uma questão de ordem didática subordinada às questões de ordem psicológica da criança.
3º momento - A alfabetização sob medida
Vai até o final da década de 70, fundando uma outra nova tradição no ensino da leitura e da escrita: a alfabetização sob medida. Neste método, o como ensinar está subordinado à maturidade da criança a quem se ensina e as questões de ordem didática continuam subordinadas às de ordem psicológica.
4º momento- Alfabetização: construtivismo e desmetodização
Vigora até hoje e funda uma outra nova tradição: a desmetodização da alfabetização, decorrente da ênfase em quem aprende e o como aprende a Língua escrita. Com isto, se gerou um certo silenciamento a respeito das questões de ordem didática e criou-se um consenso ilusório de que a aprendizagem independe do ensino.
A autora ainda menciona, dentre uma multiplicidade de aspectos, as discussões e propostas em torno do letramento, entendido ora como complementar à alfabetização, ora como diferente desta e mais desejável, ora como excludente.
Devemos ressaltar que qualquer discussão sobre os métodos de alfabetização que se queira rigorosa e responsável não pode desconsiderar o fato de que um método de ensino é apenas um dos aspectos de uma teoria educacional relacionada com uma teoria do conhecimento e com um projeto político e social.
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